sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Gato Bravo e seu Habitat



DIFERENTES HABITATS BENEFICIAM OCORRÊNCIA DO GATO-BRAVO
NA ESCÓCIA, DESCOBREM PORTUGUESES
(Em 14 de Novembro de 2012)


Estudo pode contribuir para medidas específicas de conservação da espécie
Por Susana Lage

Gato-bravo (Crédito: André P. Silva)


O gato-bravo tem sido, historicamente, considerado como uma espécie estritamente florestal. Mas, de acordo com André Silva e Luís Miguel Rosalino, esta é uma espécie que beneficia com uma paisagem composta por diferentes habitats.

Os investigadores do Centro de Biologia Ambiental, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, têm vindo a colaborar com a Wildlife Conservation Research Unit (WildCRU) da Universidade de Oxford num estudo sobre os determinantes ambientais que estão a limitar a ocorrência do gato-bravo na Escócia, onde a população desta espécie está seriamente ameaçada.

De acordo com o artigo que recentemente publicaram na revista Diversity and Distributions, a combinação de diferentes habitats (por ex. manchas de floresta e pradaria) pode beneficiar ainda mais a ocorrência deste felídeo comparativamente a manchas de habitats muito grandes e homogêneas.

André Silva (Crédito: André P. Silva)

Enquanto a espécie pode utilizar as zonas florestais como áreas de refúgio e zonas por onde maioritariamente se movimenta, visitará habitats mais abertos e teoricamente menos adequados como as pradarias para predar, nomeadamente na sua presa preferencial, o coelho”, explica André Silva ao Ciência Hoje. Por outro lado, continua, “quando os coelhos não estão presentes na área a espécie tem a habilidade de se alimentar de pequenos roedores e insectívoros que estão nas zonas florestais. Desta forma parece-nos que o alimento é o que mais condiciona a ocorrência desta espécie, pois se existir uma abundância reduzida de presas a probabilidade da espécie estar presente é bastante reduzida, mas se estas estiverem presentes tem a habilidade de se movimentar entre diferentes habitats e até retirar algum benefício da heterogeneidade da paisagem”.

Segundo os cientistas portugueses, a população de gato-bravo na Escócia está bastante ameaçada, principalmente devido à hibridação com o gato-doméstico. Para a conservação da espécie estão a ser pensadas zonas de proteção onde se possa diminuir a presença e o impacto do gato-doméstico e onde simultaneamente se preservem núcleos populacionais importantes para o gato-bravo.

O que nós assinalamos com este estudo é que essas áreas em termos ecológicos devem apresentar uma presença simultânea das presas preferenciais (coelhos e pequenos roedores) e que isto acontece principalmente em zonas heterogêneas em termos de habitat. Isto permitirá a espécie sobreviver mesmo quando existem flutuações das populações de presas”, refere André Silva.

Mais do que uma descoberta científica, este estudo é algo de útil que pode vir a contribuir para medidas específicas de conservação. No entanto, sublinha o investigador, “este é só um primeiro passo e é preciso fazer muito mais”, como por exemplo estudos a uma escala local.

Por outro lado, o trabalho chama a atenção para algo que é muito importante não só para o Reino Unido mas também para todos os outros países, nomeadamente os europeus.

Luís Miguel Rosalino (Crédito: André P. Silva)

A conservação de predadores e o delineamento de estratégias eficazes de conservação para estas espécies passa em muito pela existência de bases de dados robustas da presença e abundância não só das espécies de predadores mas também das de presas. Este será sempre um dos primeiros passos para perceber a distribuição de um predador e curiosamente é uma lacuna frequente em muitos países europeus. Encontrar dados suficientes de presas para conseguir perceber a importância desta variável na distribuição do gato-bravo foi uma das grandes dificuldades deste trabalho”, descreve André Silva.


A investigação dos portugueses foi levada a cabo dentro de um projeto que está a ser liderado pela WildCRU e que tem duas vertentes principais, genética e ecológica. Nesta última está inserido este estudo e “é desejável que nos próximos anos se construam bases de dados robustas tanto para a presença da espécie como a para a presença das presas”, avança André Silva. De acordo com o biólogo, “tendo isto será possível delimitar concretamente áreas adequadas para a proteção da espécie”. Em seguida devem ser identificados os fatores locais mais importantes a limitar e a favorecer a presença da espécie. “Todo este processo levará algum tempo até estar completo e isso é um desafio pois é preciso atuar no terreno o mais depressa possível mas seria ideal ter essa informação antes de avançar”, sublinha.


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